Com capota ou sem capota, é o Citroën Mehari
O Citroën Mehari marcou a indústria automóvel com o seu caráter versátil e livre. Conheça a história deste pequeno jipe, com capota e sem capota.
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O sucesso do Citroën Mehari assentou na convergência do seu design, tecnologia e funcionalidade. A visão minimalista de Roland de la Poype resultou num pequeno jipe com capota de lona e carroçaria de plástico ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) assente sobre um chassis tubular com cerca de 500kg. Este material leve, resistente e funcional conferiu ao veículo um carater versátil e multifacetado.
A nível mecânico, as características do Mehari assemelhavam-se às do Citroën Dyane e do Citroën 2 CV. Os três modelos partilhavam o motor de dois cilindros de 602 cc, caixa de velocidades, freios, direção e suspensão.
As versões do Citroën Mehari
Produzido entre 1968 e 1988, o Citroën Mehari teve duas séries especiais e uma versão 4x4. O Mehari Plage, lançado em Espanha, era caracterizado pelo amarelo presente em todas as componentes do automóvel. O Méhari Azur, lançado em França, Itália e Portugal, destacava-se pela carroçaria branca com apontamentos azuis nas portas, grelha, tejadilho, faróis e estofos.
A versão 4x4 foi, sem dúvida, a mais relevante. Denominado de Mehari à semelhança dos dromedários do Norte de África usados como meio de transporte, este todo o terreno era resistente e ágil, permitindo um bom desempenho em pisos extremamente inclinados. Daí ter sido utilizado como meio de transporte pelo exército francês e para assistência médica no Rali Paris-Dakar em 1980.
Mais uma vez, o espírito rebelde e livre da Citroën foi o espelho da sua criação. O Citroën Mehari dispensa categorizações e comparações, assumindo-se como um veículo descontraído e influenciado pela sociedade que o viu nascer, à luz da qual, também ele dispensa padrões, categorizações e presunções.